Se há palavras que não consigo citar, são aquelas que trovejam na minha garganta e ameaçam explodir com o meu coração quando tu não dizes que não… nem que sim; São aquelas de quando não dizes... nada. Eu olho uma última vez para o pó que se atravessou entre nós e os passos em cego que demos neste sossego e julgo perceber que não há maior medo no mundo se não o de te ver a desvanecer à medida que solto os meus soluços. Eu já sabia que te amava. Não era grande novidade ao fim de tanto tempo de entendimento mutou… mas afinal entendi coisas omissas durante toda esta jornada que nem sempre foram claras para mim; ou das quais eu nem sabia da sua existência: Eu não só estava completamente apaixonada. Eu havia-te entregue a ti e tu a mim a sabedoria em que consistia Amar e nenhum de nós estava completo se víssemos essa partilha fugir das nossas mãos, por entre os nossos dedos macios da pueril idade. Somos umas crianças. Claro que somos! Mas temos tanto direito de nos Amar como qualquer adulto que fala mas não sente; que ouve mas não vê… Temos tanto direito de nos Amar como qualquer um que julga que pode roubar com a idade aquilo que não tem no coração. Estou feliz de poder admitir que te Amo… e que te Amo para aquilo que julgo ser o Sempre da minha vida.
Amo-te
Para já tenho uma certeza, quando fores amar-te-ei e quando voltares, certamente, te amarei ainda mais.
Amo-te, não te esqueças nem por um segundo.